Mulheres ocupam mais de 42% dos cargos de liderança no TST

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Conheça a trajetória de duas mulheres que têm feito a diferença em suas áreas

Liderar e gerenciar pessoas são habilidades que exigem competência, planejamento e empatia. Cada vez mais, as mulheres têm conquistado espaços de liderança em diversos setores da sociedade. No Tribunal Superior do Trabalho (TST) e no Conselho Superior da Justiça do Trabalho (CSJT), mais de 42% dos cargos de direção ou chefia são ocupados por mulheres.

Elas enfrentam os desafios e as cobranças da vida profissional, pessoal e familiar, muitas vezes conciliando duplas ou triplas jornadas, mas sempre dedicadas a entregar o melhor de si.

Na semana em que celebramos o Dia Internacional da Mulher, comemorado em 8 de março, é importante destacar histórias inspiradoras de mulheres que têm transformado realidades. Conheça a trajetória de duas dessas líderes que fazem a diferença no TST.

Conquista e superação
Andréa Carla Martins está no TST há 17 anos. Começou sua trajetória como a única mulher a trabalhar como copeira e hoje lidera uma equipe de 78 pessoas, incluindo copeiras, garçons, nutricionistas, almoxarifes, chefs e ajudantes de cozinha.

Os desafios de Andréa começaram quando ela decidiu deixar Campina Grande (PB) e mudar sozinha para Brasília. Aos 33 anos, ingressou no TST e, graças ao seu trabalho, conquistou independência financeira, casa e carro próprios, além de ver sua filha, hoje com 24 anos, bem encaminhada.

Para Andréa, a vitória vai além dos bens materiais. “Tenho muito orgulho pela confiança que depositam no meu trabalho. Hoje tenho paz e pude voltar a sorrir. Isso é parte da oportunidade que o Tribunal vem me proporcionando e que fortalece a mulher em que eu me transformei”, afirma.

A busca pelo equilíbrio
Janice Bortolassi entrou no TST em 2007 como assistente no gabinete do ministro Caputo Bastos. Após 17 anos, ela é chefe de gabinete e coordena toda a equipe que trabalha com o ministro. “Temos várias metas, prazos e demandas a cumprir, e tento conciliar tudo com a satisfação e a saúde mental da minha equipe”, explica. “Busco o equilíbrio para não sobrecarregar as pessoas.”

Outro desafio é equilibrar as demandas da vida profissional, pessoal e familiar. Mãe de Alice, de 11 anos, e Benício, de 4, Janice admite que nem sempre consegue dar conta de tudo. “Levo a vida com disciplina, mas o que faço é buscar o equilíbrio”, diz.

Em 2022, quando o ministro Caputo Bastos assumiu como corregedor-geral da Justiça do Trabalho, Janice foi convidada a integrar sua equipe em viagens para correições nos Tribunais Regionais do Trabalho. Na época, Benício tinha apenas dois anos, e aceitar o convite foi uma decisão difícil, mas recompensadora. Foram 14 viagens em oito meses. “Hoje, olho para trás e sei que, sem minha rede de apoio, não teria conseguido. Mas não ir me deixaria muito frustrada”, relembra. “Sair para trabalhar é um momento de realização pessoal. Meus filhos veem a minha felicidade.”

O legado do Dia Internacional da Mulher
Apesar de o Dia Internacional da Mulher ter sido celebrado no último dia 8 de março, sua importância se estende ao longo do ano. A data, reconhecida pela Organização das Nações Unidas (ONU) desde 1975, remonta a uma trajetória de mais de 100 anos de luta pelos direitos das mulheres.

A ideia foi proposta em 1910, durante a Segunda Conferência Internacional de Mulheres Socialistas, em Copenhague, Dinamarca. A revolucionária alemã Clara Zetkin sugeriu a criação de um dia dedicado à luta pelos direitos das mulheres, com foco em pautas como o voto feminino.

A data passou a ser celebrada anualmente, mas foi em 8 de março de 1917 que ganhou maior destaque, quando operárias russas foram às ruas reivindicar melhores condições de trabalho e de vida. Um dos episódios mais marcantes foi a greve das tecelãs de São Petersburgo, que deu início à Revolução Russa.

As histórias de Andréa e Janice são exemplos de como as mulheres continuam a transformar realidades, superar desafios e inspirar futuras gerações. Na semana seguinte ao Dia Internacional da Mulher, é essencial lembrar que a luta por igualdade e reconhecimento segue viva, todos os dias.

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